SANTOS - Voto vencido na contratação de Cuca, o presidente Marcelo Teixeira se recusou a ouvir palpites e já decidiu que o ex-auxiliar Márcio Fernandes Figueiredo, santista de nascimento, 46 anos, será o técnico do Santos até o fim do Campeonato Brasileiro. Prevendo o possível fracasso, o dirigente fez uma única exigência quando chegou ao clube a nova comissão técnica, de cinco integrantes: que Cuca aceitasse Márcio Fernandes como mais um auxiliar-técnico. Foi atendido. Naquele momento, Teixeira começava a preparar o sucessor do treinador que aceitou a sugestão para pedir demissão, após o novo vexame na Vila Belmiro, com a derrota de virada, por 3 a 2 para o Atlético, nesta quarta-feira."Sou funcionário do clube e tenho sempre que estar à disposição. Quando as coisas estão bem não aparecem oportunidades. É claro que é difícil assumir o time num momento como o atual, mas estou preparado e espero ter mais sorte do que o meu antecessor", afirmou o novo comandante santista nesta quinta-feira à tarde. Ele se considera a melhor saída para a atual situação. "Vamos precisar de muita conversa e tranqüilidade. Não adianta colocar o dedo na ferida. Temos que achar o remédio certo para curá-la", disse.Quando Leão deixou o clube após a goleada por 4 a 0 diante do Cruzeiro, em Belo Horizonte, o diretor Luiz Antônio Ruas Capella tomou a frente nas negociações para contratar o novo treinador. Insistiu que era preciso ser um profissional de ponta. Depois de dois anos de Vanderlei Luxemburgo e uma tentativa de repetir 2002 com Leão, não ficaria bem baixar o nível - falou-se em até em Muricy Ramalho. Em seguida, o nome da vez passou a ser Paulo Autuori, que ganha uma fábula no futebol árabe, e acabou sendo Cuca, escolhido pelo histórico de bom montador de times.
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